Pense na última coisa que você escolheu na vida. Qualquer uma delas. O que você comeu, o filme que assistiu, o restaurante que foi jantar. Ou ainda uma coisa mais importante: um curso, um emprego, um amor. Por quê vocês fez essas escolhas? Por que essas opções? Bom, você pode ter vários motivos, mas um deles, com certeza, é baseado justamente em você, nos seus gostos e nas suas preferências. Contudo, acredite você ou não, esse não é o único motivo.
Sem a gente perceber, outras pessoas acabam tendo uma enorme influência em quase todos os aspectos da nossa vida. Você pode até achar que não é influenciado, mas a verdade é que, às vezes, a influência social é tão sutil que somos incapazes de vê-la. A partir do momento em que estamos inseridos em um grupo, uma pessoa afeta a decisão da outra mesmo que ela não saiba. Isso sempre foi assim, mas por conta das novas conexões e da rapidez que a tecnologia nos trouxe, o impacto e a amplitude são muito maiores.
Imitação x Diferenciação
E é aí que acontece a mágica! Conforme a gente convive em grupo e vai se relacionando, nosso cérebro automaticamente escolhe dois caminhos: a imitação ou a diferenciação. A imitação é uma das maneiras mais rápidas de tomar uma decisão, baseado no que outros já fizeram e que deu certo.
Ao imitar, contribuímos para a sobrevivência de determinado grupo ou causa. Por outro lado, se todo mundo se comportar igual, um não cria soluções diferentes e não há influência entre pessoas. A diferenciação, por outro lado, é a maneira que a gente tem de nos tornarmos indivíduos e gerar valor individual para influenciar os outros também.
Estratégia das marcas
Notou alguma coisa aí? Você já percebeu, por exemplo, como as marcas usam essa estratégia com seus consumidores? Ao contratar uma blogueira ou uma digital influencer para “indicar” um produto, a marca está induzindo uma pessoa a tomar sua decisão baseada na influência, afinal, essa é a saída mais rápida do nosso cérebro para sobreviver.
Acontece que em muitos desses casos, a gente, que não é bobo nem nada, acaba percebendo que tem alguma coisa errada nessa história. É claro que a Xuxa não usa Monange e que a Pugliesi não come barrinha de cereal com 200 kg de carboidrato. Nesse caminho é que as marcas perdem a confiança do consumidor, deixando de expressar aquilo que elas são de verdade e tornam-se apenas uma marca como outra qualquer.
O poder dos microinfluenciadores
Não que a gente seja contra o trabalho com digital influencers, blogueiros, youtubers (oi, nos patrocinem), mas acreditamos que cada marca tem seu influenciador certo e ele nem sempre é o que tem o maior número de seguidores. Os microinfluenciadores (até 100 mil seguidores), atuam dentro de um nicho específico de público e de mercado. Quanto mais segmentada essa audiência, mais o trabalho funciona, já que se começa a falar apenas com quem está realmente interessado.
E eu com isso?
Você não precisa ser famoso ou ter uma conta no instagram com 10000 seguidores para ser um influenciador. Todos nós, dentro do nosso convívio social, somos influenciadores. Quando você precisa de uma dica sobre algo? Qual a primeira atitude que toma? Talvez você vá direto perguntar para um amigo ou talvez você até mesmo já tenha visto no check in no Facebook dele algum lugar que lhe chamou a atenção. Se você não costuma ter esse tipo de atitude, talvez você seja o influenciador do seu grupo, já pensou nisso?
Gravamos um vídeo sobre esse assunto! Aproveita pra assistir e se inscreve no canal também! 🙂